quinta-feira, 7 de março de 2013

A Cabocla e o Vaqueiro

Esta poesia fiz um dia desses. Batizei de "A Cabocla e o Vaqueiro", inspirada em um sorriso. E que sorriso!

Era uma cacimba de ternura, no deserto dos desamores
Caboclinha amorenada, por quatro anjos trançada, das coisa mais bela e pura
De um sorriso abrilhantado, que não se mede nem explica
Só de olhar a gente fica que num atina mais pra nada

Moreninha acaboclada
Carregada de sabores
Eu irei aonde tu fores
Se me deixares prova-la

É só tu dar um riso fácil
Uma bulida no cabelo
Que meu coração bate alto
Sem compasso, sem receio

Mas acaso eu não puder
No teu céu me aventurar
Visto o gibão, junto a bisaca
E vou viver a cavalgar

Num engano bem enganado
De que pudesse esquecer
O cheiro do teu cabelo
Tocado no amanhecer

E os caminhos que eu percorresse
Jurei que fariam pensar
N'outras coisas, novos rostos
Só um besta pra acreditar

O teu jeito, o teu sorriso
Eu sei que vou querer de novo
E então voltarei a galope
Eu e a lágrima no rosto

E cada torrão pisado
Na noite do meu retorno
Vai encurtar a distancia
Que aumentou o meu desgosto

Pois quando um cabra arriado
Não tira da mente um olhar
É sinal que encontrou
O motivo do seu despertar

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