
Harpias (1951), por Marcello Grassmann. Xilogravura.
Tenho viva em minha mente
A saga dos meus pecados
Cada visto carimbado
Nas passagens pro inferno
As vezes, no frio de inverno
Me pego pensando cabreiro
No que fiz por presepeiro
Me arrependo num instante
Mas ainda nesse instante
Lavo a cara e me conserto
Pois sem os erros de certo
Não seria quem eu sou
Um poeta, um cantador
Dibuiador de violão
Na singela condição
De eterno aprendiz
Hoje sou o que eu fiz
E serei o que fizer
Vou seguindo e minha fé
Deposito só em mim