
© 2010 Adri Felden/Argosfoto
No sertão do moxotó
Vaqueiro corre no mato
O seu couro é só maltrato
De jurema e de malícia
Mandacaru, xique-xique
Toda galha enviesada
É uma faca amolada
Pronta pra dar o talho
Mas tal qual os cavaleiros
Dos tempos medievais
O matuto também traz
Armadura em seu corpo
Trajado de grosso couro
Montado em seu alazão
Não tem rês nesse sertão
Que escape do seu laço
Mas tem um tipo de talho
Que o gibão não empata
Nem armadura de prata
Consegue lhe segurar
É o talho do amor
Quando pega um peito aberto
Sempre acerta o veio certo
Não tem como escapar
Quebra a ignorância
Amolece a valentia
Faz da noite logo dia
No tempo de um piscar
Só me falta um guarda peito
De couro fino curtido
Que segure o remoído
Do amor a malratar
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